A rionegrense Giane Cristian Machado mora no bairro Bom Jesus, trabalha como supervisora de cobrança e dedica parte do seu tempo ao voluntariado. De uma forma bem-humorada, ela se fantasia de personagens e leva alegria aos pacientes internados do Hospital Bom Jesus, de Rio Negro.
Segundo Giane, o trabalho voluntário sempre foi um sonho de criança e sua primeira ação de caridade ocorreu há cerca de 20 anos no Lar do Idoso de Rio Negro. “Ao longo dos anos, realizei algumas ações voluntárias, mas decidi me dedicar a este propósito de verdade há cerca de 7 anos. É uma forma de manifestar gratidão por estar viva e pela minha saúde”, conta.
Em todas as visitas, a voluntária se fantasia e leva seu sorriso e bom-humor para surpreender os pacientes. “O improviso é meu companheiro, pois cada porta que se abre de um leito de hospital é uma história diferente, sem texto pronto. Sempre acontece algo inusitado, engraçado ou emocionante. O que mais me comove é a expressão das pessoas. Os pacientes ficam muito gratos pela minha passagem, por eu poder ouvi-los e lhes tirar um sorriso”, pontua.
O voluntariado de Giane é solitário, mas ela conta com o apoio dos pais e de amigos para conseguir doações e até para confeccionar as fantasias. “Um dos itens que levo para minhas visitas é a famosa injeção de ânimo em tamanho gigante, que meu pai, o senhor Djair Machado, confeccionou para mim com material reciclável. A criatividade no meu lar é de sangue. Também recebo fantasias e doações de brechós, familiares e amigos que já conhecem meu trabalho e sempre me ajudam nesta missão”, disse.
No Hospital Bom Jesus, Giane atua como voluntária há 4 anos, mas precisou ficar afastada por dois anos por conta da pandemia. “Retornei ao voluntariado no dia 1° de janeiro para desejar um feliz ano novo e levar minha alegria aos pacientes e colaboradores da instituição. O que me motiva ao trabalho voluntário é o amor ao próximo e a gratidão pela minha vida e minha saúde, que são meus maiores presentes”, disse.
Exemplo de dedicação, carinho e solidariedade, Giane pretende realizar visitas cada vez mais frequentes ao hospital e seguir seu propósito de vida. “Se doar a um desconhecido para mim é se sentir útil, se sentir viva. Ver os olhos dos pacientes brilhando de alegria, diante de um gesto tão simples, é um sentimento inenarrável. É o que me move a continuar nesta missão”, conclui.